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CULTURA

Aos 98 anos, a mãe está quase cega e quase surda, se locomove mal e se alimenta como um passarinho. Na impossibilidade de dialogar com esta mãe, que caminha para o centenário, a filha-narradora escreve para uma mãe imaginária, falando do seu drama. Faz is

Zilda Brandão
24/06/2016 às 00:01hs


A Mãe Eterna

O LIVRO

Aos 98 anos, a mãe está quase cega e quase surda, se locomove mal e se alimenta como um passarinho. Na impossibilidade de dialogar com esta mãe, que caminha para o centenário, a filha-narradora escreve para uma mãe imaginária, falando do seu drama. Faz isso no intuito de suportar a devastação física, a falta de comunicação e, mais ainda, para elaborar a perda da genitora antes mesmo da sua morte.



Na sua reflexão, rememora o passado de uma mulher bem disposta e combativa que, por ter-se tornado viúva, assumiu a empresa do marido, cujas cartas de amor ela passou a ler e reler. As mesmas cartas que, na impossibilidade de enxergar, aos 98 anos, a filha lê para ela.

Apesar da idade, no entanto, esta mãe se conserva esperta e só faz o que bem entende. “Passa a perna” em quem tenta domá-la com orientação sobre os médicos, os remédios, a alimentação, e com isso vai semeando a narrativa de humor. Assim, ela demite sua cuidadora, mas, quando a filha traz outra, ela “por acaso” reencontra a anterior, que obedece sem discutir as suas vontades.

Refletindo sobre a condição da mãe, a filha se pergunta até quando a vida deve ser prolongada e questiona a conduta do médico, que procura vencer a morte a qualquer preço. Quando por fim o coração da Mãe Eterna falha, a mente da narradora é tomada pelas lembranças de uma viagem de sonho com a matriarca em sua idade de ouro. A rememoração evidencia o traço mais impressionante da mulher, que deixa a vida sem nunca ter arredado o pé de sua maior virtude: a independência.

Um texto sobre o amor e a separação , que coloca questões fundamentais na atualidade: Como enfrentar a velhice extrema ? Cabe ao médico vencer a morte ? Como humanizar o fim da vida ?

A AUTORA

Betty Milan é paulista. Autora de romances, ensaios, crônicas e peças de teatro. Além de publicadas no Brasil, suas obras também circulam com selos de França, Argentina e China.

Trabalhou para o Parlamento Internacional dos Escritores, sediado em Estrasburgo, na França. Foi convidada de honra do Salão do Livro de Paris em 1998 e em 2015. Em 2014, representou a literatura brasileira contemporânea na Feira Internacional do Livro de Miami (EUA).

Antes de se tornar escritora, formou-se em medicina pela Universidade de São Paulo, se especializou em psicanálise na França com Jacques Lacan e fundou o Colegio Freudiano do Rio de Janeiro

www.bettymilan.com.br

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