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CULTURA

Dizem que todos os humanos nascem com um par de asas invisíveis. Elas começam a crescer por volta dos sete anos e, aos quatorze, já estão prontas para o primeiro voo.

Zilda Brandão
17/10/2025 às 09:40hs


Por Ademar Batista Pereira

Dizem que todos os humanos nascem com um par de asas invisíveis. Elas começam a crescer por volta dos sete anos e, aos quatorze, já estão prontas para o primeiro voo. Alguns seguem para a medicina, outros para a engenharia, as artes, a tecnologia, mas há um grupo especial — os que escolhem ensinar. Esses não apenas aprendem a voar: escolhem dedicar a vida a ensinar outros a abrir as próprias asas.

Ser professor é uma das mais belas e exigentes escolhas humanas. Enquanto o mundo busca atalhos, o professor insiste em caminhos. Enquanto muitos querem resultados rápidos, ele aposta em processos lentos, feitos de confiança, erro e descoberta. Ser professor é acreditar que voar é possível, mesmo quando o céu parece nublado.

As asas dos professores são diferentes. São feitas de paciência, esperança e curiosidade. Eles conhecem o vento da dúvida e o peso das responsabilidades, mas não desistem. Sabem que o voo só vale quando é compartilhado — e que ensinar é, na verdade, voar junto.

Há professores que ensinam a somar, e outros que ensinam a sonhar. Há os que transformam o medo em coragem, o erro em recomeço, o silêncio em escuta. Em cada um deles, há um pedaço do futuro. Em cada aula, um gesto que permanece, mesmo quando o estudante já foi embora.

Infelizmente, há também quem, ao longo da vida, tenha esquecido suas asas. Essas gaiolas não estão apenas nas profissões burocráticas, mas em todas — inclusive entre alguns educadores. São as gaiolas invisíveis da falta de sonho, do medo de pensar grande, da acomodação no possível. Elas se fecham quando o humano deixa de buscar, de se aprimorar, de aprender. Mas o professor — esse ser teimoso e luminoso — continua abrindo janelas. Continua lembrando que ninguém aprende a voar dentro de uma jaula.

Por isso, neste Dia do Professor, não é hora de lamentar o que falta, mas de reconhecer o que nos mantém de pé. O Brasil tem milhares de mestres anônimos que, todos os dias, plantam esperança no coração das crianças e jovens. Eles não aparecem nas manchetes, mas estão em cada conquista silenciosa que o país alcança.

A esses mestres — que inspiram, acolhem e acreditam — nossa homenagem. Vocês são os engenheiros das asas humanas. São quem transforma o chão em pista de decolagem. E quem nos ensina, todos os dias, que a vida só vale quando é capaz de levantar voo.

*Ademar Pereira Batista, Presidente do Instituto Destino Brasil e Diretor da Federação Nacional de Escolas Particulares (FENEP).


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