×
HOME BELEZA BUSINESS E NEGÓCIOS CULTURA DESTINOS EVENTOS GASTRONOMIA HOTELARIA MODA PETS SOCIAL TURISMO ZILDA BRANDÃO DICAS DE VIAGEM QUEM SOMOS TV ZILDA BRANDÃO ÚLTIMAS NOTÍCIAS FALE CONOSCO
     

Whats Instagram Instagram Facebook
×
ENCONTRE SUA NOTÍCIA

CULTURA

Zilda Brandão
07/03/2023 às 11:45hs


Um manuscrito, ainda inédito, deixado pela escritora, poeta, feminista, desenhista, jornalista e militante Patrícia Rehder Galvão (1910-1962) é o ponto de partida para Pagú - Até Onde Chega a Sonda. O espetáculo tem direção de Elias Andreato e atuação de Martha Nowill - que também assina o texto. 

A peça estreou no final de 2022 no Sesc Pompeia e agora retorna para uma nova temporada entre os dias 8 de março e 27 de abril, no Teatro Eva Herz, com apresentações às quartas e quintas, às 20h.

A história desta história

Em maio de 2018, a atriz e escritora Martha Nowill conheceu Rafael Moraes, um colecionador de arte, que lhe apresentou um manuscrito inédito de Patricia Rehder Galvão, a Pagú, escrito na casa de detenção em 1939, durante a ditadura de Getúlio Vargas. Rafael havia comprado o manuscrito e outros objetos pertencentes à artista, de um leiloeiro, 20 anos antes.

Martha Nowill viu ali potencial para a realização de um espetáculo, mas havia dificuldade em transformar o texto de Pagú, tão denso, poético e pouco narrativo, em teatro. Ela se associou à produtora Dani Angelotti e juntas, o projeto começou a ganhar forma.

Martha então desenvolveu uma escrita biográfica, na qual ela, mãe de gêmeos nascidos na pandemia, se mistura com Pagú e seu manuscrito. Desse processo surgiu a dramaturgia, que traz trechos do manuscrito original de Pagú, entrecortados por relatos pessoais, resultando em um encontro improvável e cheio de pontos de diálogo entre mundos separados por mais de 60 anos. 

Elias Andreato chegou ao processo para que com sua cuidadosa direção, e extensa experiência com solos, conduzisse a encenação. 

Em cena, os dois femininos dividem e se misturam no espaço, o da atriz e o de Pagú. As personagens compartilham temas como o machismo, a maternidade, o feminismo, angústias, alegrias e processos criativos. Dentro destes temas, Martha desenha com humor em seus relatos pessoais e com um olhar sarcástico uma “lente de aumento” para os fatos cotidianos que ainda carregam heranças do patriarcado.

 

Um pouquinho sobre Pagú

Jornalista, feminista, artista, escritora e desenhista, Patrícia Rehder Galvão (1910-1962) nasceu em uma família burguesa paulista, mas depois, seguindo as orientações do Partido Comunista se proletarizou e foi viver em Santos e no Rio de Janeiro. Dedicou boa parte de sua vida à militância política em Santos, São Paulo, Rio de Janeiro, além de ter viajado o mundo. Desde bem cedo, ela questionava os padrões patriarcais. 

Pagú, apelido dado pelo poeta Raul Bopp, começou a escrever críticas contra o governo ainda na adolescência, aos 15 anos, quando se tornou colaboradora do Brás Jornal e assinava uma coluna sob o pseudônimo de Patsy. Sua estreia artística aconteceu em 1929, ao publicar seus desenhos politizados nas páginas da “Revista da Antropofagia”.

Apesar de Pagú só possuir 12 anos quando aconteceu a Semana de Arte Moderna, ela é considerada uma das grandes forças do Movimento Antropofágico – seu envolvimento começou sob a influência de Oswald de Andrade e Tarsila do Amaral. Junto com Oswald, ela entrou para o Partido Comunista Brasileiro em 1931, quando foi presa pela primeira vez (ela foi presa mais de 20 vezes ao longo de sua vida). Ela e Oswald tiveram um filho, Rudá. 

A autora fez importantes contribuições para o movimento feminista. No tabloide “O Homem do Povo”, por exemplo, questionava o papel da mulher na sociedade por meio de suas ilustrações. E no livro “Parque Industrial” (1933), denuncia mulheres exploradas por sua condição de gênero. 

Publicou ainda o livro “A Famosa Revista” (1945), em colaboração com Geraldo Ferraz (com quem também teve um filho), e sua autobiografia “Paixão Pagu: A autobiografia precoce de Patrícia Galvão”, lançada em 2005 a partir de um texto até então inédito escrito em 1940. E “Safra Macabra”, uma coletânea de seus contos policiais escritos para a revista “Detective” em 1944, sob o pseudônimo de King Shelter, foi publicada em 1998.


 

PAGÚ - Até Onde Chega a Sonda 

Temporada: 8 de março a 27 de abril, às quartas e quintas-feiras, às 20h

Teatro Eva Herz - Livraria Cultura do Conjunto Nacional - Avenida Paulista, 2073 - Bela Vista

Ingressos: R$60 (inteira) e R$30 (meia-entrada)

Vendas online em https://bileto.sympla.com.br/event/80277

Classificação: 14 anos 

Duração: 70 minutos 

Acessibilidade: Local acessível para cadeirantes.? 

@a_sonda_da_pagu

 

 



Recomendamos para você:
Nova Exposição Romero Britto em São Paulo
será aberta nova exposição do artista reconhecido internacionalmente Romero Britto numa das mais belas lojas de São Paulo no coração do Ipiranga.
Últimas apresentações culturais de agosto nos teatros em São Paulo
Confira as últimas apresentações em cartaz nos teatros até o fim de agosto em São Paulo




Tópicos: - -

ENVIE PARA UM AMIGO

Leia mais sobre Cultura

LEIA TAMBÉM:
COMENTÁRIOS


Adicione seu comentário

Nome:
Email:
Cidade e Estado:
Comentário